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MASTERCLASS DE JAZZ

No dia 17 de junho, o Conservatório de Guimarães irá receber dois nomes proeminentes da música Jazz do panorama nacional. Esta iniciativa tem como objetivo dar a conhecer uma linguagem distinta daquela que experienciam com regularidade.

Por volta de 1808 o tráfico de escravos no Atlântico trouxe aproximadamente meio milhão de africanos aos Estados Unidos, em grande quantidade para os estados do sul. Grande parte dos escravos vieram do oeste da África e trouxeram fortes tradições da música tribal. Escravos da mesma tribo eram separados para evitar formações de revolta. E, pela mesma razão, nos estados da Geórgia e Mississipi não era permitido aos escravos a utilização de tambores ou instrumentos de sopro que fossem muito sonoros, pois poderiam ser usados no envio de mensagens codificadas. Entretanto, muitos fizeram seus próprios instrumentos com materiais disponíveis, e a maioria dos chefes das plantações incentivaram o canto para que fosse mantida a confiança do grupo. A música africana foi altamente funcional, tanto para o trabalho quanto para os ritos.

As work sons e field hollers incorporaram um estilo que poderia ser ainda encontrado em estabelecimentos prisionais dos anos sessenta do século XX. No porto de Nova Orleães, estivadores negros ficaram famosos pelas suas canções de trabalho e essas mesmas canções mostravam complexidade rítmica com características de polirrítmica do jazz. Na tradição africana eles tinham uma linha melódica e com o padrão pergunta e resposta, contudo, sem o conceito de harmonia do Ocidente. O ritmo refletido no padrão africano da fala e o sistema tonal africano levaram às blue notes do Jazz.

No início do século XIX, um número crescente de músicos negros aprendiam a tocar instrumentos do ocidente, particularmente o violino, provendo entretenimento para os chefes das plantações e aumentando o valor de venda daqueles que ainda eram escravos. Conforme aprendiam a música de dança europeia, eles parodiavam as músicas nas suas próprias danças.

Outra influência veio dos negros que frequentavam as igrejas. Estes aprenderam o estilo harmônico dos hinos e os adaptavam em “spirituals” (músicas com caráter mais espiritual e por vez litúrgico). As origens dos blues não estão registradas em documentos, entretanto, elas podem ser vistas como contemporâneas dos “negro spirituals”.

A história do jazz é muito rica e complexa, remonta a séculos passados e surge como uma nova linguagem que tem como base a música erudita e cada vez mais podemos verificar um grande interesse e gosto por este género musical.

Assim sendo, pretende-se que os alunos do Conservatório de Guimarães tenham contato e conhecimento sobre este género musical incontornável da História da Música.

 

Informações

 

Local: Conservatório de Guimarães – Edifício Teatro Jordão;

Data da Masterclass: 17 de junho de 2023;

Horário: 14h00 até às 18h00;

Destinatários: Todos os alunos do Conservatório de Guimarães do 9º ano e alunos do ensino secundário independentemente do instrumento em que estão matriculados;

Propinas:

Participantes: 15€;

Data Limite da Inscrição: 13 de junho de 2023.

Podem satisfazer a vossa curiosidade através das hiperligações abaixo:

 

Link Inscrição

 

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